quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Aids: nº de infectados caiu, mas crise financeira pode impedir avanços

30 de novembro de 2011
A comunidade internacional fez na última década avanços extraordinários no combate à Aids, mas a atual escassez de verbas ameaça reverter esses progressos, disseram agências de saúde da ONU nesta quarta-feira. Um relatório preparado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por outras agências, para ser divulgado por ocasião do Dia Mundial de Combate à Aids, em 1º de dezembro, disse que atualmente há 34 milhões de pessoas no mundo contaminadas pelo vírus HIV, que causa a doença.
Dados divulgados na semana passada num estudo da Unaids (agência da ONU para o combate à doença) e no novo relatório desta quarta-feira mostram que o número de novas infecções pelo HIV caiu de 3,1 milhões em 2001 para 2,7 milhões em 2010. Já o número de pacientes com acesso aos medicamentos passou de apenas 400 mil em 2003 para 6,65 milhões no ano passado. Hirnschall disse que os dados sugerem que a meta da OMS - acabar com as novas contaminações, com as mortes e com o estigma social ligado à doença - poderá "se tornar realidade em um futuro não tão distante". A epidemia, diz o texto, representa um "formidável desafio", mas "a maré está virando". "As ferramentas para conseguir uma geração livre da Aids estão em nossas mãos", afirma o relatório.
O otimismo, no entanto, é atenuado pela crise que assola o Fundo Global para a Luta Contra a Aids, Tuberculose e Malária, instituição mista (pública-privada) que é a maior patrocinadora mundial de programas de prevenção e tratamento do HIV. Na semana passada, o Fundo disse estar cancelando novas verbas para governos nacionais, e que novas concessões só serão feitas a partir de 2014.
De acordo com o relatório da ONU, o total de verbas destinadas ao combate à Aids caiu de 15,9 bilhões de dólares em 2009 para 15 bilhões de dólares em 2010. As agências calculam que, para 2015, o mundo precisaria de 22 a 24 bilhões de dólares para realizar ações abrangentes e eficazes contra a epidemia.
Em entrevista à Reuters em Londres, Gottfried Hirnschall, diretor da OMS para questões do HIV/Aids, disse que este é um momento crucial na luta contra a doença, aproveitando os avanços na redução de novas infecções e na distribuição de medicamentos aos pacientes. Estudos divulgados nos últimos meses mostram que a agilidade no tratamento de novos pacientes é capaz de reduzir o ritmo de difusão do vírus nas populações.
"Este é realmente um ano animador, porque estamos vendo uma tendência de queda nessas áreas onde queremos ver tendências de queda - nas novas infecções e na mortalidade -, e estamos vendo tendências de alta onde gostaríamos de vê-las, principalmente nos índices de cobertura (dos tratamentos)", disse Hirnschall.
COMENTÁRIO:
Está notícia mostra que devemos ver qual a proporção que essa crise econômica tem e como ela afeta não só os mais ricos, mas principalmente os mais necessitados. Porém acredito que será possível reverter essa situação logo.

Com mil chimpanzés em laboratórios, EUA estuda mudar lei

23 de novembro de 2011
Em uma jaula ao ar livre em forma de cúpula, dezenas de chimpanzés gritam. Os pelos das costas estão levantados. Segundo a Dra. Dana Hasselschwert, chefe de ciências veterinárias do Centro de Pesquisas de New Iberia, "isso é piloereção", um sinal de excitação emocional.
Ela pede aos visitantes que mantenham distância. Os chimpanzés costumam atirar pequenas pedras ou objetos mais perigosos quando ficam agitados.
A semelhança dos chimpanzés com os humanos os torna importantes para pesquisas, mas também gera muita solidariedade. Para os pesquisadores, esses animais podem significar a melhor chance de descobrir a cura de doenças atrozes. Para muitas pessoas, porém, eles são nossos parentes atrás das grades.
A pesquisa biomédica com chimpanzés ajudou a produzir a vacina contra a hepatite B e tem por objetivo produzir a vacina contra a hepatite C, que infecta 170 milhões de pessoas em todo o mundo. Contudo, há muito que os protestos contra essa pesquisa consideram-na cruel e desnecessária. Devido à grande pressão atual de organizações de defesa dos animais, a decisão judicial que porá um fim a este tipo de pesquisa nos Estados Unidos pode vir em um ano. Atualmente, apenas os Estados Unidos e outro país conduzem pesquisas invasivas com chimpanzés. O segundo país é o Gabão, que fica na África central.
Segundo Wayne Pacelle, presidente e diretor executivo da Sociedade Humanitária dos Estados Unidos, "este é um momento bastante diferente dos outros". "É o momento de tirar os chimpanzés da pesquisa invasiva e dos laboratórios", afirma.
John VandeBerg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa sobre os primatas do sudoeste, concorda que este é "um momento crucial". O centro é um dos seis laboratórios do país onde há chimpanzés. As diversas tentativas dos opositores "podem levar ao fim de toda a pesquisa médica com os chimpanzés", afirmou.
A sociedade e outros grupos pressionaram os NIH (Institutos Nacionais da Saúde) americanos para que fosse elaborado um relatório sobre a utilidade da pesquisa com chimpanzés, aguardado para este ano. A Sociedade Humanitária também se uniu ao Instituto Jane Goodall e à Sociedade para a Conservação da Vida Selvagem para elaborar uma petição ao Serviço de Fauna e Peixes dos Estados Unidos, na qual é declarado o risco de extinção dos chimpanzés em cativeiro, uma vez que os que vivem na natureza já estão ameaçados, oferecendo a eles mais proteção. A decisão é aguardada para setembro do ano que vêm.
Além disso, o Great Ape Protection and Cost Savings Act (Lei pela proteção e redução de custos com grandes símios) irá proibir o uso de todos os grandes símios nas pesquisas invasivas (incluindo bonobos, gorilas e orangotangos). O republicano Roscoe Bartlett, deputado pelo estado de Maryland, é um dos apoiadores da lei. Segundo Bartlett, a lei representará uma economia de US$ 30 milhões para o contribuinte, quantia que é gasta anualmente com os chimpanzés de propriedade do governo.
Segundo Pacelle, é alto o custo da pesquisa invasiva com chimpanzés, sendo que existem alternativas. Além disso, os procedimentos realizados são dolorosos e os animais são mantidos em isolamento, afirma. "Esta espécie está ameaçada de extinção e é a mais próxima dos humanos geneticamente", afirma. "Além disso, não devemos abusar de nosso poder", afirma.
VandeBerg, em contrapartida, afirma que suspender as pesquisas com chimpanzés representaria uma ameaça a vidas humanas. "A redução do índice de desenvolvimento de medicamentos para essas doenças significará a morte de centenas de milhares de pessoas, milhões de fato, devido a anos de atraso", afirmou. Se a pesquisa permite salvar vidas humanas, afirmou VandeBerg, "seria totalmente antiético não realizá-la", afirmou VandeBerg.
Maus-tratos
Os laboratórios de pesquisa dos Estados Unidos abrigam mil chimpanzés, e o Centro de Pesquisas de New Iberia é um deles. O centro pertence à Universidade de Louisiana em Lafayette, e ocupa 40 hectares do centro da Louisiana francesa ou acadiana, aproximadamente 210 km a oeste de Nova Orleans. Nele vivem 360 chimpanzés, sendo que 240 pertencem à universidade e 120 ao NIH, além de outros 6 mil primatas, a maioria da espécie macaco-rhesus.
A instituição foi acusada de maus-tratos no passado, sendo que foram descobertas e corrigidas algumas violações às normas de tratamento dos animais, de acordo com as inspeções do Departamento de Agricultura. Na última inspeção, ocorrida em julho, foram descobertos medicamentos para os animais com prazos de validade vencidos.
Em uma visita recente, verificou-se que alguns chimpanzés ficavam em cúpulas geodésicas de 10 m de diâmetro e outros em jaulas menores ao ar livre. Além destes, o doutor Thomas J. Rowell, diretor do centro, contou que um número inferior a 10 estava sob estudo ativo, em jaulas internas medindo 1,5 por 1,8 m e 2 m de altura. Os procedimentos práticos envolviam aplicação de injeções, retirada de amostras de sangue e biópsias hepáticas, as quais eram realizadas sob efeito de anestésicos.
Muitos estudos têm duração de apenas alguns dias, afirmou Rowell, mas alguns demoram mais tempo. Quase concluído, um estudo vinha sendo realizado há quatro meses. Rowell defendeu com entusiasmo o tratamento proporcionado aos chimpanzés no centro, enfatizando os cuidados veterinários e o empenho em melhorar a forma como vivem, tornando os ambientes do alojamento mais interessantes.
Histórico
Os chimpanzés são utilizados em pesquisas nos Estados Unidos desde a década de 1920, quando Robert Yerkes, professor de psicologia da Universidade de Yale, começou a leva-los para o país. Durante a década de 1950, a força aérea passou a reproduzi-los para o uso no programa espacial, a partir de 65 espécimes capturados na natureza. Os chimpanzés também foram procriados para serem usados em pesquisas da aids nos anos 1980, que não obtiveram avanços.
Em meados da década de 1970, o apoio à preservação de espécies ameaçadas de extinção havia aumentado, e a importação de chimpanzés retirados da natureza foi proibida. Nos anos 2000, foi aprovada uma lei federal exigindo a aposentadoria dos chimpanzés pertencentes ao governo após o fim de seu uso em experimentos. Foi inaugurado em Shreveport, na Louisiana, o Chimp Haven, um santuário nacional de chimpanzés, para dar assistência a esses a outros chimpanzés.
A tentativa de trazer de volta para a linha de pesquisa os chimpanzés semiaposentados do santuário Alamogordo Primate Facility, no Novo México, foi o que induziu em parte o recente aumento da oposição às pesquisas. O NIH queria transferir cerca de 200 de seus chimpanzés do Alamogordo para o centro de San Antonio, que pertence ao Instituto de Pesquisas Biomédicas do Texas. A Sociedade Humanitária intercedeu para evitar a transferência e o NIH cedeu, pedindo a realização de um relatório dos chimpanzés utilizados em experiências este ano ao Instituto de Medicina, um conselho consultivo.
O Chimp Haven é o potencial destino dos chimpanzés aposentados e possui atualmente 132 deles vivendo em um bosque de pinheiros de 80 hectares. Eles ficam alojados em uma variedade de jaulas e recintos cercados, incluindo um pátio de recreação a céu aberto, com 4 mil m² e envolto em muros de concreto, além de dois habitats de floresta, um de 16 e outro de 20 mil m², delimitados por um fosso e por cercas. Porém, os chimpanzés que estão nos centros de pesquisa, talvez nem saiam dali, mesmo após o fim dos experimentos. É possível que apenas fiquem ali, livres dos estudos invasivos.
Seja qual for a decisão, os pesquisadores e defensores dos chimpanzés sabem que eles representam uma pequena parte do total da pesquisa realizada com animais e do debate mais amplo. Segundo Kathleen Conlee, diretora sênior para questões de pesquisa animal da Sociedade Humanitária, a atual discussão em relação aos chimpanzés indica o caminho para o futuro.
"Este tipo de análise rigorosa deveria ser aplicada a toda a pesquisa com animais", afirmou.
COMENTÁRIO:
Espero que esta lei seja aprovada pois, é importante que preservemos esses animais. E também é possível perceber que a coisa já estava fugindo do intuito inicial, pois além de serem maltratados pelos procedimentos estavam sendo mal cuidados, o que significa um tamanho desrespeito com os animais. 

domingo, 27 de novembro de 2011

ONU: países pobres devem servir de exemplo para reduzir emissões

14 de novembro de 2011 


Alguns dos países mais afetados pelas mudanças climáticas deveriam servir de "inspiração" para os países ricos na redução de suas emissões, afirmou nesta segunda-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, durante conferência em Bangladesh.
Em discurso ao Fórum Climático Vulnerável - que reúne os países mais afetados pelas mudanças climáticas -, Ban elogiou as nações com territórios pouco acima ou abaixo do nível do mar, como as Maldivas, a Costa Rica e Samoa pelo compromisso de se tornarem neutras em carbono.
"Neste momento de incerteza econômica global, que o compromisso (destes países) com um crescimento verde sirva de inspiração para países mais desenvolvidos, os grandes emissores", afirmou. Ban disse ser injusto "pedir aos mais pobres e vulneráveis que arquem com o impacto das mudanças climáticas sozinhos" e pediu a liberação de recursos para ajudar os países pobres a se adaptarem ao aquecimento global.
Espera-se que a reunião em Dacca dos 18 países mais afetados pelas mudanças climáticas produza uma frente unida com vistas às negociações climáticas da ONU em Durban, na África do Sul, em dezembro, onde será negociado o Fundo Climático Verde. Ban também elogiou o empobrecido Bangladesh por se tornar um "líder mundial na preparação de desastres".
Usando sistemas de alerta e voluntários comunitários, Bangladesh conseguiu reduzir significativamente o número de mortos em ciclones, mostrando ao mundo que "os riscos naturais não precisam causar catástrofes humanas", disse Ban.
Bangladesh está construindo mais abrigos anticiclone, ampliando seu esquema de resistência agrícola climática e plantando hortaliças na costa, usando o dinheiro do fundo climático doméstico para este fim. O fórum refletiu o fato de o ritmo das negociações climáticas internacionais ser "muito lento e inadequado", segundo a premiê bengalesa, Sheikh Hasina, em discurso na abertura do evento, nesta segunda-feira.
"Estamos arcando com o peso dos danos, embora nossa contribuição tenha sido desprezível ou nenhuma. Isto constitui uma enorme injustiça e exige imediata retificação e reparo", afirmou. Entre os países reunidos em Dacca estão Afeganistão, Butão, Costa Rica, Etiópia, Maldivas, Nepal e Filipinas.
O fórum não é apenas um esforço para convocar os países ricos a ajudar os mais vulneráveis. É "um convite para trabalharmos juntos", disse à AFP o ex-presidente da Costa Rica José Maria Figueres Olsen. "Esta é uma oportunidade de ganha-ganha. O baixo carbono é um bom negócio", afirmou, acrescentando que os países ricos devem ver a crise econômica atual como uma boa oportunidade para avançar rumo a uma economia de baixo carbono.
"Estamos tentando voltar a fazer negócios como antes, mas a crise econômica atual é realmente uma oportunidade de mudarmos o paradigma", emendou.
COMENTÁRIO:
Os países desenvolvidos deveriam se envergonhar de ver uma notícia como essa. É realmente  bom que estes países mais pobres consigam resolver grande parte de seus problemas, através de muito esforço, porém os mais desenvolvidos deveriam ajudar, pois são os maiores emissores de GEE, mas é difícil vermos uma atitude assim desse pessoal, pois não se preocupam nem com a sua nação.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5470346-EI238,00-ONU+paises+pobres+devem+servir+de+exemplo+para+reduzir+emissoes.html

Brasil produzirá combustível a partir de lodo de esgoto

09/11/2011 - 12h07

O Brasil vai importar da Alemanha um processo de fabricação de combustível limpo --sem emissão de gases do efeito estufa-- que usa esgoto como matéria-prima.
O processo transforma os gases gerados na decomposição do lodo do esgoto em biometano, um tipo de GNV renovável, diferente do derivado de petróleo.
O sistema será implantado em uma estação de tratamento da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) em Franca (a 400 km da capital) e deve começar a operar em março, ainda em caráter experimental.
O novo combustível já é usado em frotas organizacionais (públicas e privadas) na Europa há uma década. Mas, por aqui, passará por testes.
Orçado em R$ 6 milhões, o projeto é desenvolvido em parceria com a fundação Fraunhofer. A Alemanha repassará R$ 5,1 milhões e a Sabesp bancará R$ 900 mil.
O superintendente de inovação tecnológica da Sabesp, Américo de Oliveira Sampaio, diz que a planta a ser instalada em Franca produzirá 1.900 m³ de biometano por dia.
Cada m3 do gás equivale a um litro de gasolina e, por isso, o volume diário previsto para a unidade corresponde a 10% de todo combustível utilizado hoje pelos 5.057 veículos que compõem a frota da Sabesp no Estado.
"Essa produção inicial pode reduzir a emissão de CO2 em até 16 toneladas por ano", afirmou Sampaio.
Inicialmente, porém, o novo combustível será usado em 49 carros da companhia.
Se a experiência der certo, o biometano pode ser adotado em toda a frota da Sabesp.
MAIS TESTES
Antes, serão necessários três anos de estudos sobre a viabilidade e a logística para distribuição no Estado.
Apesar de produzido a partir do lodo de esgoto, o biometano não tem o cheiro ruim típico do esgoto.
Isso porque o processo de fabricação filtra o H2S (sulfeto de hidrogênio), responsável pelo odor de ovo podre e capaz de corroer o motor.
Também são retirados do gás os siloxanos, substâncias que formam crostas que podem entupir pequenas tubulações da máquina.

COMENTÁRIO:

É bom mesmo que comecem a substituir as energias emissoras de GEE para investir em algo que não prejudique tanto nosso planeta. Vemos tantos projetos, muitos, no entanto, não emplacam, espero então que este funcione. É um projeto caro, mas valerá a pena.


http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1003967-brasil-produzira-combustivel-a-partir-de-lodo-de-esgoto.shtml

sábado, 26 de novembro de 2011

Amazônia por um fio: em 5 anos, cenário pode ser irreversível

02 de novembro de 2011  12h56

A Amazônia está em seu limite. O alerta foi feito pelo biólogo Thomas Lovejoy, professor da George Mason University, de Virgínia, Estados Unidos. Segundo ele, a floresta "está muito próxima de um ponto de não retorno para sua sobrevivência, devido a uma combinação de fatores que incluem aquecimento global, desflorestamento e queimadas que minam o sistema hidrogeológico". De acordo com o pesquisador, restam apenas cinco anos para se inverter as tendências em tempo de se evitar consequências climáticas globais graves, como a desertificação de algumas regiões.

Os vilões são os métodos empregados em larga escala pelo setor extrativista predatório (madeireiros) e pela agricultura extensiva (pecuária) para ocupar áreas na Amazônia: motosserra, correntão e fogo. Para o doutor em Ciências da Terra e especialista em Amazônia Antônio Donato Nobre, se os legisladores do Brasil enxergassem o que a comunidade científica já vê, as ações do governo poderiam ser mais eficazes para a recuperação de biomas via mecanismos de valorização econômica para um uso sustentável da floresta.

"No entanto, o que vemos é uma busca frenética por alterar a lei das florestas (como ocorreu com o código florestal) na direção contrária ao que seria urgente: anistia para os desmatadores e estímulo continuado para o processo de desmatamento. A sociedade brasileira tem demonstrado preocupação com a floresta e com o clima de forma massiva e inequívoca, fato, entretanto, que não parece sensibilizar a maioria daqueles que fazem as leis", destaca Nobre.

Segundo o pesquisador brasileiro, há consenso na comunidade científica de que a floresta em pé, intacta, tenha alguma capacidade de resistir a mudanças climáticas externas. "Desde os anos 1970 estamos construindo o conhecimento de como a floresta influencia e é influenciada pelo clima. Ela transpira extraordinários volumes de água (aproximadamente 20 bilhões de toneladas evaporam por dia) e condiciona engenhosamente a própria chuva. Além de chuvas, ventos que succionam a umidade atmosférica do Atlântico para dentro da América do Sul. Esse sistema virtuoso parece ter resistido ao longo de eras geológicas, mas sempre contando com extensiva cobertura florestal nativa", explica.

Contudo, a alteração da cobertura florestal perturba o mecanismo da floresta amazônica e compromete sua capacidade de auto-regeneração. "A teoria da bomba biótica explica o motivo: sem floresta ocorre redução brusca do bombeamento de água via árvores do solo para a atmosfera; menos vapor é emitido pela superfície desmatada, menos condensação nas nuvens, menos ventos nos rios voadores, menor entrada de umidade na região". Os estudos observacionais de modelagem climática e análise teórica convergem na indicação de que limites importantes de desmatamento e degradação florestal estão se aproximando, reforça o pesquisador.

De acordo com Lovejoy, restam apenas cinco anos para se inverter as tendências em tempo de se evitar problemas de maior gravidade. Além disso, o biólogo crê que 20% de desflorestamento em relação ao tamanho original da Amazônia é o máximo que ela consegue suportar e o atual índice já é de 17% (em 1965, a taxa era de 3%). Ou seja, a floresta como conhecemos estaria prestes a acabar.
Para Antônio Donato Nobre, nos melhores cenários teríamos um clima muito mais seco, parecido com aquele que produz savanas. Isso levaria a ocorrência de fogo, o que dificultaria o retorno da floresta. Já nos piores cenários imaginados, com o sumiço do "oceano verde" os ventos alísios enfraqueceriam até o ponto de não mais entrarem na América do Sul, o que poderia causar uma desertificação em determinadas áreas. "Em qualquer caso, é de se imaginar que uma alteração tão grande nas cabeceiras dos rios voadores deva afetar o transporte de umidade para o Centro Oeste, Sudeste e Sul, o que implicaria em esperar uma acidificação importante ou desertificante para a porção meridional da América do Sul (a região compreendida entre Cuiabá e Buenos Aires, e entre São Paulo e os Andes)", analisa.
Há estudos que sugerem ainda que um desaparecimento da Amazônia teria repercussões diretas nos dois grandes oceanos do mundo, Pacifico e Atlântico, com consequências climáticas globais.
COMENTÁRIO:
Está notícia, assim como tantas outras, nos alerta sobre o cuidado que devemos, que aliás deveria vir desde sempre, com a nossa floresta. Os diversos tipos de alterações feitas nesse cenário, prejudica não só ele como a nós mesmos.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Notícias - 07/2011

Rio+20 pode gerar órgão mundial para preservação do meio ambiente
06 de julho de 2011 • 09h32

Autoridades de países que são alvos de críticas internacionais por causa da forma como tratam a preservação ambiental e o estímulo à economia verde deverão participar da Conferência Rio+20, de 28 de maio a 6 de junho de 2012, na área do Porto do Rio de Janeiro. A expectativa, segundo os organizadores, é que a China, Índia e os Estados Unidos enviem emissários do primeiro escalão do governo para os debates. As discussões da cúpula poderão gerar a proposta de criação de um órgão específico internacional para a área ambiental.

O órgão, em estudo, ficará subordinado à Organização das Nações Unidas (ONU), como ocorre com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) - que será comandada pelo brasileiro José Graziano da Silva.

A ideia é que a sede do novo órgão, responsável pela área ambiental, seja na África. Atualmente só há uma agência da ONU para cuidar do tema, que é o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cuja sede fica no Quênia. Criado em 1972, o programa tem o objetivo de fortalecer as ações mundiais de desenvolvimento sustentável.

As autoridades brasileiras e estrangeiras, porém, concluíram que é necessário ampliar os esforços em nível mundial, pois hoje não há uma definição universal sobre economia verde nem foram estabelecidos os instrumentos, aceitos de forma global, para o desenvolvimento sustentável.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5225122-EI238,00-Rio+pode+gerar+orgao+mundial+para+preservacao+do+meio+ambiente.html#tarticle

COMENTÁRIO:

Com certeza essa é uma ideia que deve ser aderida, pois as questões ambientais são cada vez mais preocupantes. E acredito que com a popularização da economia ela se tornaria mais barata, portanto deixaria de ser um impedimento. Com um órgão específico seria mais possível isso acontecer.

Golfinhos e baleias são ameaçados pelo lixo plástico nos oceanos
10 de julho de 2011 • 09h55 • atualizado às 11h14

O lixo plástico na superfície dos oceanos é uma ameaça mortal para as baleias e os golfinhos e ainda não foi estudado pela ciência, segundo um estudo que será apresentado na reunião da Comissão Baleeira, que começa nesta segunda-feira na ilha britânica de Jersey.

Em 2008, 134 tipos de redes diferentes foram encontradas nos estômagos de duas cachalotes que encalharam no litoral da Califórnia, Estados Unidos, e que provavelmente morreram de oclusão intestinal. Em 1999, na cidade de Biscarrosse (sudoeste da França), uma baleia de Cuvier encalhou com 33 kg de plástico no corpo.

Os cetáceos, como as tartarugas e os pássaros, têm grande dificuldade de digerir esses dejetos, cada vez mais numerosos, indica o estudo apresentado ao comitê científico da Comissão Baleeira Internacional (CBI), viando à reunião de Jersey.

"A ameaça dos dejetos marinhos de plástico para inúmeros animais marinhos foi estabelecida há tempos, mas a ameaça para as baleias e os golfinhos é menos clara", considera o autor, Mark Simmonds, cientista chefe da Sociedade para a Conservação dos Golfinhos e Baleias (WDCS), uma ONG britânica. "No entanto, foi estabelecido que esses dejetos podem causar dano aos animais, seja porque os ingere, ou porque ficam enredados neles", explicou.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) destacou em fevereiro, em seu informe de 2011, a forma com que milhões de dejetos plásticos ameaçam os litorais devido à utilização cada vez mais importante do plástico e de taxas de reciclagem ainda fracas.

A WDCS é favorável que a CBI assine o "Compromisso de Honolulu", um pedido internacional lançado em março, no Havaí, para incentivar os governos, associações e cidadãos a agir para reduzir os dejetos marinhos.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5233472-EI8147,00-Golfinhos+e+baleias+sao+ameacados+pelo+lixo+plastico+nos+oceanos.html

COMENTÁRIO:

Mais um alerta do descaso do homem pela natureza. Sempre é importante que noticiem este tipo de coisa, já que mesmo assim há pessoas que continuam não dando importância e jogando lixo por aí.

Nordeste perdeu 1/5 dos reservatórios de água em 2010

20/07/2011 - 11h45

A região Nordeste do país perdeu, entre outubro de 2009 e outubro de 2010, 20% dos reservatórios de água que possuía no período anterior, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas).

O dado está em um relatório sobre os recursos hídricos do país, publicado na terça-feira (19) e disponível na internet.

Segundo a agência, a perda de reservatórios na região se deve à menor quantidade de chuvas.

Na região ficam as bacias do Semiárido, um dos pontos críticos quanto aos recursos hídricos, segundo o relatório.

Também são classificadas assim as bacias do rio Meia Ponte, no Centro-Oeste, e a do Tietê, no Sudeste.

A definição leva em conta a disponibilidade e o uso de água, além da presença ou não de vegetação nativa e como é feito o tratamento dos resíduos sólidos no local.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a ideia é, a partir dos dados do relatório, "focar os esforços nas áreas críticas".

A ampliação dos serviços de saneamento foi apontada como prioridade pela ministra, principalmente nas cidades de até 50 mil habitantes.

O pior índice de qualidade da água é o das áreas de grande densidade urbana.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/946154-nordeste-perdeu-15-dos-reservatorios-de-agua-em-2010.shtml

COMENTÁRIO:

A situação do nordeste cada vez está mais complicada. E como são fatores naturais, como a escassez das chuvas, que está gerando a perda desses reservatórios naturais e uma coisa vai levando a outra. Alguma atitude deve ser tomada, no entanto não imagino o que poderiam fazer.

Brasil vai inaugurar primeiro posto no interior da Antártida

27/07/2011 - 12h25

O Brasil inaugura em dezembro sua primeira estação científica no interior da Antártida. O módulo fará monitoramento meteorológico e da qualidade do ar, entre outras pesquisas, e enviará os dados via satélite. A informação foi divulgada pelo jornal "O Estado de S.Paulo".

O país já conta com uma base na Antártida, a Estação Comandante Ferraz, inaugurada em 1984. Ela, no entanto, fica na ilha Rei George, distante mais de 100 quilômetros do continente.

O novo módulo ficará a cerca de 2.500 quilômetros de distância da base brasileira.

Já incluindo os custos de fabricação e transporte, a operação deve custar cerca de US$ 600 mil (R$ 924 mil).

O módulo, construído na Suécia, deverá chegar em breve ao Brasil para ser inspecionado por cientistas e receber mais equipamentos.

"O novo local tem condições climáticas muito mais adversas. Em Comandante Ferraz a média é de -2,8°C, enquanto na nova estação é de cerca de -35ºC", diz Jefferson Simões, coordenador do INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) da Criosfera e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Com capacidade para abrigar quatro pesquisadores, o módulo não será habitado o tempo todo. Os equipamentos totalmente automatizados permitirão o controle remoto. As visitas devem ser feitas em dezembro, no verão.

De acordo com Simões, um dos principais trabalhos será o monitoramento da composição química do ar.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/950422-brasil-vai-inaugurar-primeiro-posto-no-interior-da-antartida.shtml

COMENTÁRIO:

É uma coisa positiva para o país, é interessante que haja investimentos na ciência, desde que, claro, exista retorno.

China quer lançar miniestação espacial até o fim deste ano

31/07/2011 - 10h21

Enquanto as superpotências espaciais -Estados Unidos e Rússia- e boa parte dos países ricos uniram esforços para criar a ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês), a China vai na contramão. O país está decidido a ter um cantinho só seu em órbita.

O objetivo é ter uma estação espacial completa por volta de 2022. Enquanto isso, no entanto, o país deverá lançar cápsulas menores para testar os sistemas e as tecnologias que serão utilizadas.

O primeiro passo do projeto bilionário -mas sem cifras confirmadas oficialmente por Pequim- é o lançamento de um módulo científico até o fim deste ano.

Batizado de Tiangong-1, ("Palácio Celestial", em chinês), ele funcionará como uma miniestação espacial e passará dois anos em órbita.

Com cerca de 8,5 toneladas, o módulo deverá ser visitado inicialmente pela nave não tripulada Shenzhou-8. A acoplagem será a primeira feita em órbita pela China.

No ano que vem, uma nave levando três taikonautas (como são chamados os astronautas do país) também deve se acoplar ao módulo, que conta com um pequeno laboratório de experimentos.

Até 2015, outros dois módulos muito parecidos deverão ser lançados. O último deles, Tiangong-3, terá capacidade para abrigar três taikonautas por até 40 dias.

PRÓXIMO PASSO

Após os módulos Tiangong, a China espera lançar entre 2020 e 2022 sua estação espacial completa.

De acordo com a Xinhua, a agência de notícias estatal chinesa, a nave será composta de um módulo principal e de dois anexos, projetados para receber diferentes tipos de experimentos científicos.

No entanto, mesmo com três módulos e aproximadamente 60 toneladas, a nova estação será uma nanica perto da ISS, de 471 toneladas. Até a já aposentada estação russa Mir era maior do que o projeto chinês, com suas 130 toneladas.

Em um simpósio na França, em março, Jiang Guohua, engenheiro-chefe do Centro de Pesquisa e Treinamento em Astronáutica de Pequim, destacou que o China não pretende se isolar em seu cantinho no espaço.

"Nós vamos manter a política de nos abrirmos para o mundo", disse ele.

Muita gente, no entanto, duvida que isso vá acontecer. A começar por uma questão básica: o sistema de acoplamento da futura estação.

Embora Jiang tenha afirmado que o projeto seguirá o modelo padrão da ISS, outras autoridades já sinalizam o contrário. A realidade estaria mais próxima de um sistema fechado chinês, uma espécie de Macintosh do espaço.

A principal declaração foi de Yang Liwei, que em 2003 se tornou o primeiro chinês no espaço e atualmente é o vice-diretor do programa tripulado do país.

Em uma audiência transmitida pela internet, ele afirmou que problemas técnicos "estão dificultando a adoção do sistema de acoplamento padrão da ISS".

Representantes da Nasa já elogiaram publicamente o programa espacial chinês. Mas, questionada pela reportagem sobre o envio de astronautas para a futura estação, a agência espacial americana não se manifestou.

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/952335-china-quer-lancar-miniestacao-espacial-ate-o-fim-deste-ano.shtml

COMENTÁRIO:

Acredito que não seja uma atitude muito inteligente da China, pois se unir aos outros países significaria ter um capital maior de investimento, também soaria menos “egoísta”. Por outro lado, há uma liberdade maior, a partir do momento que o país fez o investimento “sozinho”.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Notícias - 06/2011

Pesquisa viabiliza painéis solares maiores e mais baratos

30/06/2011 - 15h47

Cientistas australianos criaram células fotoelétricas tão pequenas que podem ser misturadas em tinta e usadas na construção de painéis solares coloridos a um custo mais acessível e em um tamanho maior que o tradicional, informou nesta quinta-feira a emissora de televisão ABC.

O pesquisador Brandon McDonald, da Universidade de Melbourne, com a ajuda da CSIRO (sigla em inglês de Organização para a Pesquisa Industrial e Científica da Comunidade da Austrália), explicou que a mistura "pode ser aplicada em uma superfície como vidro, plástico e metais" e dessa forma "se integra ao edifício".

"Agora é possível imaginar janelas solares ou sua integração dentro de materiais do telhado", apontou o cientista.

Este sistema necessita só de 1% dos materiais que são utilizados normalmente na fabricação dos painéis solares tradicionais.

McDonald indicou que atualmente a energia solar é mais cara que a produzida com combustíveis fósseis, mas que com esta descoberta poderá impulsionar uma tecnologia "mais competitiva no nível de custos".

O cientista espera que os novos painéis custem um terço a menos que os atuais e que a invenção esteja no mercado nos próximos cinco anos.

A descoberta faz parte dos esforços da comunidade científica para reduzir os custos e o tamanho dos painéis solares e para buscar alternativas de produção de energia.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/937077-pesquisa-viabiliza-paineis-solares-maiores-e-mais-baratos.shtml

COMENTÁRIO:

É muito bom ver que há o interesse do desenvolvimento de técnicas sustentáveis e de baixo custo, para que tais se popularizem e preservem ainda mais o meio ambiente. Já que as energias mais comuns são aquelas produzidas por combustíveis fósseis, que não são renováveis.

ONU alerta para alto consumo de drogas prescritas no Brasil

23/06/2011 - 12h36

O Relatório Mundial sobre Drogas, lançado nesta quinta-feira pela agência da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC), revela que, embora tenha havido uma estabilização no consumo mundial de drogas tradicionais como heroína e cocaína, há uma tendência de aumento no uso não-medicinal de drogas prescritas, inclusive no Brasil.

"O uso não-medicinal de drogas de prescrição, como tipos de opioides sintéticos, tranquilizantes e sedativos, ou de estimulantes prescritos, é um crescente problema de saúde em vários países", afirma o relatório.

Na América do Sul, o documento aponta alto uso de opioides prescritos no Brasil e no Chile. Ambos os países, além da Argentina, também registraram altos índices de consumo de ATS (estimulantes sintéticos do grupo das anfetaminas), em sua maior parte prescritos legalmente como anorexígenos ou para o tratamento de transtorno de deficit de atenção, mas desviados para o uso não-medicinal.

O relatório diz que drogas prescritas substituem outras drogas ilícitas por serem consideradas menos nocivas, já que são indicadas por médicos, por serem mais baratas que drogas proibidas e por serem mais aceitas socialmente.

Outro fator para a crescente popularidade dessas drogas, segundo a UNODC, é que pacientes as compartilham ou as vendem para parentes e amigos. O órgão diz que seu uso é especialmente comum entre jovens adultos, mulheres, idosos e profissionais da saúde.

INTERNAÇÕES

O documento aponta que os efeitos nocivos do maior consumo dessas drogas já é notado: nos Estados Unidos, onde há dados mais detalhados sobre o tema, o número de internações relacionadas a opioides prescritos cresceu 460% entre 1998 e 2008 e já supera o de casos ligados a drogas ilícitas.

Entre as pessoas que começaram a usar drogas nos EUA em 2009, 2,2 milhões iniciaram o consumo com analgésicos, número próximo dos que iniciaram o uso com maconha.

O relatório revela ainda um aumento acentuado nas overdoses causadas por opioides prescritos no país: de 4 mil em 2001 para 11 mil em 2006. Segundo o documento, tendências similares são verificadas em outros países.

Outra preocupação apontada pelo documento é a crescente combinação entre drogas lícitas e ilícitas, para acentuar o efeito da droga principal.

HEROÍNA

Além do aumento no uso de drogas prescritas, o Relatório Mundial sobre Drogas aponta estabilização no consumo de heroína na Europa e declínio no uso de cocaína na América do Norte - os principais mercados para essas drogas.

No entanto, houve aumento no uso de cocaína na Europa e na América do Sul na última década e expansão do uso de heroína na África.

O relatório aponta ainda que o plantio de ópio (matéria-prima da heroína) e coca hoje está limitado a poucos países, mas que os índices de produção de heroína e cocaína continuam altos.

Embora 2010 tenha registrado uma queda substancial na produção de ópio, o documento atribui a queda a uma praga que atingiu áreas rurais do Afeganistão, um dos maiores produtores da droga.

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/934081-onu-alerta-para-alto-consumo-de-drogas-prescritas-no-brasil.shtml

COMENTÁRIO:

É preocupante que haja essa expansão do vicio em relação às “drogas prescritas”, pois realmente são de mais fácil acesso e tem são melhores vistas por todo mundo, justamente por ser indicadas por médicos. Podemos dizer então que burlaram o sistema, acharam uma forma dentro da lei de manterem algum vicio. O que ocasionou a falha no plano foi o aumento das reações nocivas que tais drogas prescritas causaram aos usuários, que foi altíssimo.

Redução de energia nuclear deve aumentar emissão de CO2 em 30%
15 de junho de 2011 16h39 atualizado às 17h45

A redução pela metade da expansão da energia nuclear no planeta depois do desastre de Fukushima, no Japão, aumentará o crescimento global das emissões de dióxido de carbono em 30% até 2035, alertou a Agência Internacional de Energia (AIE) na quarta-feira.

A AIE advertiu no mês passado que a meta política para limitar a mudança climática a níveis mais seguros mal foi alcançada depois que as emissões globais aumentaram quase 6% em 2010. Governos concordaram no ano passado em limitar o aquecimento para menos de 2 graus acima dos níveis pré-industriais, mas o mundo deverá superar esse nível de emissão de carbono, disse a agência, que aconselha 28 economias industrializadas sobre energia.

Uma redução do crescimento da energia nuclear tornaria a tarefa ainda mais difícil, disse Fatih Birol, economista-chefe da AIE.

"Acreditamos que esse aumento enorme nas emissões, somado à perspectiva desanimadora para a energia nuclear, tornará a meta de 2 graus muito, muito difícil de ser alcançada."

"(O crescimento nas) emissões de CO2 proveniente de geração de eletricidade entre agora e 2035 será cerca de 30% maior do que poderia ser." Isso é o equivalente a quase 500 milhões de toneladas de emissões adicionais de CO2 anualmente até 2035, acrescentou ele.

As emissões de CO2 ultrapassaram os 30 bilhões de toneladas no ano passado, batendo um novo recorde e ficando um pouco abaixo da quantia estimada por Birol como consistente com a nova meta de aquecimento do mundo. Birol referia-se a um cenário onde o mundo acrescentasse outros 180 gigawatts (GW) de energia nuclear entre agora e 2035, em vez da previsão anterior de 360 gigawatts.

Tal retração nuclear diminuiria a participação desse setor na geração de energia, acrescentou ele. "Acreditamos que essa seja uma má notícia em termos de ter uma diversificação menor na mistura da energia global, um cenário menos seguro", disse ele na Cúpula da Reuters sobre Energia e Clima.

A demanda por carvão e gás aumentaria em cerca de 5% em 2035, em comparação ao que a AIE esperava antes de Fukushima, e por renováveis em 6%, implicando uma pressão sobre os preços do combustível e da eletricidade.

Os governos ao redor do mundo ordenaram revisões na segurança nuclear depois de o terremoto seguido de tsunami no Japão de 11 de março ter provocado o derretimento e a liberação radioativa da usina nuclear de Fukushima.

No mês passado, a Alemanha anunciou o plano de fechar todos os seus reatores nucleares até 2022. Os italianos votaram pelo banimento da energia nuclear na segunda-feira, num referendo fortemente influenciado pelo desastre de Fukushima, mas que também foi um forte voto político contra o primeiro-ministro Silvio Berlusconi

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5188679-EI8147,00-Reducao+de+energia+nuclear+deve+aumentar+emissao+de+CO+em.html

COMENTÁRIO:

Sabemos que a redução do uso da energia nuclear é muito importante, devido ao ocorrido em Fukushima, todos os países do mundo se mobilizaram, porém, com certeza, é um fator contra o aumento em 30% na emissão de CO2. Mesmo assim foram-nos apresentados motivos cabíveis para tal ação que já visa um “rebate” imediato que é bem negativo.

PV pede explicações à ministra sobre redução de parques no Pará

09/06/2011 - 11h31

O PV pediu na noite desta quarta-feira (8) explicações à ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) sobre o plano do governo de reduzir sete unidades de conservação no Pará para permitir a construção das hidrelétricas do complexo Tapajós.

O requerimento foi protocolado na Câmara pela deputada verde Rosane Ferreira (PR), após a intenção do governo ter sido detalhada em reportagem da Folha.

Documentos internos do ICMBio (Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade) mostram que a redução de dois parques nacionais, quatro florestas nacionais e uma área de proteção ambiental no mosaico da BR-163/Terra do Meio, o maior conjunto de áreas protegidas do país, foi pedida em janeiro pela Eletronorte sem estudos técnicos prévios. Os chefes de todas as sete unidades se opõem ao projeto.

O presidente do ICMBio, Rômulo Mello, diz que ainda não há decisão oficial sobre a desafetação (redução) dos parques, mas que uma medida provisória ou projeto de lei determinando-a deve ser editada até agosto.

Mello afirmou à Folha, ainda, que a desafetação não é nenhuma surpresa, já que quando as unidades foram criadas, em 2005, já havia estudos em curso para estimar o potencial hidrelétrico da região.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/927554-pv-pede-explicacoes-a-ministra-sobre-reducao-de-parques-no-para.shtml

COMENTÁRIO:

Nessa notícia vemos que o Sr. Rômulo Mello quer o contrato apenas por questões econômicas, apesar das áreas terem sido consideradas de potencial hidrelétrico, agora que já foram transformadas em Parques, não devemos diminui-lás. Esse contrato não deve valer mais a pena que nosso meio ambiente.

Estudo: dieta baixa pode melhorar sintomas da apneia do sono
01 de junho de 2011 14h28 atualizado às 16h19

Uma dieta baixa em calorias que ajude a perder peso poderia beneficiar as pessoas que sofrem de apneia do sono, que afeta particularmente a população obesa ou que está acima do peso.

Esta é a conclusão à qual chegaram os especialistas Kari Johansson e um grupo de pesquisadores do Instituto Karolinska de Estocolmo (Suécia), segundo um estudo publicado nesta quarta-feira no site da revista British Medical Journal (BMJ).

A apneia é uma doença comum que consiste em pausas anormais na respiração durante o sono, por isso que as pessoas que sofrem com ela não se sentem descansadas mesmo após terem dormido uma noite inteira.

Esta patologia está relacionada com uma pior qualidade de vida, uma maior probabilidade de sofrer acidentes e um aumento do risco de morte prematura.

Entre 60% e um 70% das pessoas que sofrem de apneia do sono são obesas ou estão acima do peso e alguns estudos demonstraram que uma dieta baixa em calorias pode melhorar a situação.

Os especialistas do Instituto Karolinska acompanharam durante um ano a evolução de 63 homens com idades compreendidas entre 30 e 65 anos e um índice de massa corporal (IMC) de entre 30% e 40% (o IMC normal varia de 18,5% a 24,99%).

Destes 63 pacientes, 58 seguiram uma dieta saudável e baixa em calorias e participaram de um programa de orientação no qual recebiam conselhos para manter o peso alcançado, além de informação sobre nutrição e a prática de atividades físicas.

As pessoas que perderam peso após nove semanas e conseguiram mantê-lo ao longo de um ano, sentiram efeitos positivos nos sintomas da apneia.

Segundo os especialistas, 48% dos pacientes passaram a não precisar mais da máscara para respirar que habitualmente utilizam, enquanto 10% deixaram de apresentar os sintomas da apneia.

Os especialistas também comprovaram que, quanto maior a perda de peso, maior a melhora dos sintomas.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5161558-EI8147,00-Estudo+dieta+baixa+pode+melhorar+sintomas+da+apneia+do+sono.html

COMENTÁRIO:

Esses resultados são motivadores para os portadores dessa patologia e para os obesos, pois lidaria com dois problemas de uma vez só. O que talvez os leve a procurar por uma dieta baixa em calorias para que se tornem mais saudáveis.